Diz o professor ao entrar na sala
de aula: - Desliguem o celular. Agora! Em sala de aula não é permitido. Não. Não
está liberado os smartphones e afins! Desliguem-se, por favor. É uma ordem e
.... Implícito a esse discurso está um motivo: Aqui não, só lá no mundo real está
permitido!! Por favor, desliguem seus celulares... Celular aqui não! Não sei
trabalhar assim...
Ter domínio das ferramentas
básicas do computador é um dos requisitos para o mercado de trabalho. Esse domínio
das técnicas e plataformas também deve ser requisito para os formadores. Educadores
inseridos nas políticas e planos pedagógicos acabam proibindo o uso de algumas
plataformas digitais em sala de aula, pois ainda não há uma fórmula [perfeita] de
como usar esses recursos. Uma das proibições mais correntes é a do celular. Esse
aparelhinho não é bem vindo em algumas situações.
Essa dificuldade de inserção está
longe de uma atuação de inclusão digital, mas há bons exemplos acontecendo em
muitas escolas. Sair do quadrado da sala e partir para um ambiente desconhecido
[o mundo lá fora é bem agitado] gera estresse em alguns profissionais na área
da educação. Mas até quando vamos continuar proibindo o uso dessas plataformas para
uma geração nascida na era digital? É possível usá-las, basta coragem para a
mudança de paradigma.
Enquanto há o discurso de que
celular só atrapalha, existem iniciativas que dizem o contrário. Um discurso a favor
da plataforma, serve de reflexão de nossas práticas [não ignore essa parte do
texto]: "Não podemos mais ignorar o celular, ele está em todo lugar. Sou
contra a proibição do uso, pois a regra acaba sendo burlada. Será que em vez de
proibir, não é melhor acolhê-lo como ferramenta educativa?" - Maria Rebeca
Otero Gomes, coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil.
Proibir ou acolher? Enquanto existem
esforços e debates para encontrar a melhor forma para fazer essa restrição,
gastando tempo, que tal otimizar as discussões para novas práticas pedagógicas?
Enquanto educadores travam uma luta para essa proibição, os alunos “estudam”
maneiras de burlar as regras. A regra pode ser quebrada, basta o debate entrar
em outra esfera, os celulares podem ser ferramentas educativas?
Enquanto não é acolhida como
ferramenta, proíbe-se. Esse texto tem um objetivo repensar as práticas em sala
de aula e de como podemos mudar o discurso do “aqui não!”. Não é uma crítica
negativa, mas que possamos parar e pensar o que podemos fazer para mudar. Faz-se
a crítica para a transformação. Para o debate ganhar outra esfera: buscar
práticas inclusivas.
No caminho contrário, estão os desenvolvedores
que vem aumentando a oferta de aplicativos voltados para a educação. Vamos ficar
só observando ou vamos nos aplicar em compreender melhor o que o mundo digital
tem a oferecer? Que tal vencer a sua resistência!
Em 2013 foi publicado pela Unesco
um documento: “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel” clique AQUI
para baixar
Infográfico feito pelo site Porvir